Empresas não informaram preço nem data que aparelho chegará no país.
Exclusividade da operadora e iTunes também não foram divulgados.
Dúvidas ainda são o que existe de mais abundante no anúncio da chegada do iPhone ao Brasil. Após a divulgação nesta quarta-feira (7) de que o grupo mexicano América Móvil, que controla a operadora de telefonia celular Claro, chegou a um acordo com a Apple para distribuir o iPhone em 16 países da América Latina, as empresas optaram pelo silêncio sobre os detalhes da operação.
No comunicado - uma nota breve e sem maiores detalhes - a América Móvil disse apenas que o celular chegará a seus clientes neste ano. A companhia também não informou sobre o preço que o aparelho terá no Brasil. Nos EUA, o preço médio está na casa dos US$ 400 (cerca de R$ 680), mas as taxas de importação de eletrônicos tendem a multiplicar esse número. A empresa informou que no momento não irá divulgar mais informações sobre o assunto.
Já a Apple limitou-se a dizer que “estamos muito animados em lançar o iPhone na América Latina ainda este ano” por meio de sua porta-voz Jennifer Bowcock, sem acrescentar mais detalhes. Por sua vez, a Claro disse que ainda não tinha nenhuma nova informação do lançamento do produto. O G1 também procurou outras operadoras de telefonia para saber suas opiniões sobre o assunto, mas as empresas preferiram não se manifestar.
Pontos de interrogação
Um dos pontos de interrogação que pairam sobre o anúncio é se a Claro terá ou não exclusividade como operadora do iPhone no Brasil. Normalmente, a Apple busca contratos exclusivos nos países onde lança o produto, fazendo uma venda casada do aparelho com os serviços de telefonia. Nos EUA, por exemplo, a AT&T possui essa exclusividade.
São poucos os países onde a prática não é adotada. Um deles é a França, onde a legislação não permite esse tipo de negociação casada. Já na Alemanha, a Justiça determinou no final do ano passado que o aparelho deve ser vendido desbloqueado – ou seja, com acesso liberado aos serviços de mais de uma operadora.
Esse contrato de exclusividade fez com que muitos usuários procurassem desbloquear seus aparelhos, o que deu origem a um mercado paralelo de peso. No início de 2008, analistas estimaram que existiam cerca de 1 milhão de iPhones desbloquados no mundo – cerca de um quarto do total de vendas da Apple até então. Em diversos países, inclusive no Brasil, é possível comprar aparelhos desbloquados diretamente em lojas de celulares.
É por meio desse expediente que funciona o mercado de iPhones no Brasil. Embora não existam previsões consensuais sobre o número de aparelhos em funcionamento no país atualmente, é possível comprá-los já desbloquados em diversos locais – de lojas oficiais de operadoras ao comércio ilegal, passando pela tradicional rua Santa Ifigência, em São Paulo - com preços na faixa de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil.
Mais dúvidas
Também ainda não existem informações se o lançamento do aparelho também será acompanhado da chegada ao Brasil do iTunes – o serviço on-line da Apple que vende conteúdo digital – música, filmes, jogos e livros digitais – para usuários do iPhone e do iPod. No início de 2008, o iTunes se tornou a maior loja de música dos EUA, com quatro bilhões de canções vendidas. Hoje, o serviço tem cerca de 50 milhões de usuários no mundo.
Outro ponto que gera dúvida é se o aparelho que será vendido no Brasil será a versão “normal” do iPhone ou o diretamente o novo aparelho que incorpora tecnologia 3G, que deve sair nos Estados Unidos no segundo semestre.
Segundo um relatório do Bank of America, a Apple planejaria produzir 8 milhões de unidades do iPhone no terceiro trimestre. A AT& T já anunciou no ano passado que esperava poder colocar à venda uma versão 3G do iPhone em 2008, mas não comentou sobre datas de lançamento.
Fonte: G1 Tecnologia
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