quarta-feira, 9 de abril de 2008

Em CPI, Google diz que limpará Orkut

Ao depor em CPI, presidente do Google diz que inovações tecnológicas vão evitar mau o uso da rede social.

 

Alexandre Hohagen (presidente do Google) e Félix Ximenes (diretor de comunicações), foram à Brasília nesta quarta depor na CPI do Senado que investiga crimes de pedofilia online.

Hohagen afirmou que denúncias de pedofilia respondem por apenas um pequeno percentual das queixas dos usuários.

CPI_Orkut“Não estamos orgulhosos disso, mas os números mostram que o uso do orkut para estes fins (pedofilia) é pequeno e pontual”, disse. “Temos que encontrar uma solução que evite o abuso cometido por esta minoria, mas sem prejudicar os 23 milhões de usuários que exploram o orkut de modo adequado”, anotou Hohagen. O executivo afirmou que a empresa está comprometida em garantir um orkut “limpo”, sem fotos ou mensagens ofensivas ou que seja usado para a prática de crimes, como a troca de material pedófilo.

Hohagen argumentou que o orkut viveu uma explosão no Brasil, saltando rapidamente do zero para um universo de 23 milhões de usuários, o que exigiu adaptações da rede social. Aos poucos, várias ferramentas de segurança foram implementadas, disse Hohagen.

A maior parte delas consiste em permitir aos próprios membros da comunidade que denunciem crimes online.

Durante sua intervenção, Hohagen disse que novos aplicativos ainda em teste vão ampliar a capacidade do Google de barrar a publicação de conteúdo pedófilo.

O procurador do Ministério Público, Sérgio Suiama, afirmou que o Google, impõe muitas dificuldades às investigações de crimes e demora demais para responder às queixas dos usuários.

Segundo Suiama, uma tática usada pelo Google é empurrar a responsabilidade para a matriz americana, fugindo da legislação brasileira. Disse ainda que, ao descobrir material pedófilo, o Google simplesmente o deleta, o que na prática significa destruir provas. Na opinião de Suiama é muito mais importante identificar o autor do crime, o que o Google não faz.

O presidente da CPI exigiu que o Google colabore de forma mais intensa e transparente com as autoridades brasileiras, sob pena de sofrer multas.

Hohagen, por sua vez, disse que além de desenvolver novos filtros de conteúdo, o Google poderá armazenar por até seis meses páginas retiradas do ar, com o fim de preservar dados que ajudem à Justiça a punir culpados por crimes de pedofilia.

Ao fim da sessão, os representantes do Google receberam uma lista de sugestões feitas por senadores, ONGs e Ministério Público sobre como a empresa pode colaborar com o combate à pedofilia no Brasil.

Se, ao fim das investigações, a CPI entender que o Google não atua de forma adequada no Brasil, poderá citar a empresa em relatório final e pedir à Justiça que aprofunde as investigações.

 

Fonte: Info Online

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